Está na altura de fazer o balanço da legislatura,
com influência nas escolhas para a próxima. Ao fim
de tudo o que vivemos estes anos, que podemos dizer?
À partida as condições de estabilidade política
foram excepcionais. Não só vivemos a terceira
maioria absoluta e o mais longo período sem eleições
nacionais da democracia mas, melhor, a recessão de
2004 preparara os cidadãos para medidas duras. O
povo, que compreendeu a urgência, apoiou os
ministros nas políticas exigentes que anunciaram.
Estiveram os efeitos à altura?
No assunto que o próprio Governo declarou
prioritário o resultado foi infeliz. O défice
orçamental, medida emblemática, acabará o ano acima
do valor elevado que o Governo confrontou à chegada
e tanto criticou. À primeira vista a culpa disto é
internacional, mas a coisas são mais complexas do
que parecem.