Trinta personalidades assinam um
manifesto a favor de um
referendo sobre a Procriação
Medicamente Assistida, para
questionar a sociedade
portuguesa sobre o acesso a
estas técnicas, os embriões
excedentários e a maternidade de
substituição.
O manifesto - que tem como
mandatários o dirigente social-
democrata Alberto João Jardim, o
cirurgião António Gentil
Martins, o jurista António
Pinheiro Torres, o economista
António Bagão Félix, o professor
Daniel Pinto Serrão, a
psiquiatra Margarida Neto e o
economista Pedro Vassalo -
considera urgente «que exista
uma lei que regule uma prática
existente, uma vez que esta pode
colidir, em alguns aspectos, com
direitos fundamentais».
«Impõe-se que Portugal encontre
agora a formulação legal que, de
forma clara e transparente, dê
resposta às questões que a PMA
sempre consigo transporta»,
lê-se no documento.
Autores sugerem três «perguntas
a submeter ao voto dos
portugueses»: «Concorda que a
lei permita a criação de
embriões humanos em número
superior àquele que deva ser
transferido para a mãe
imediatamente e de uma só vez?
Concorda que a lei permita a
geração de um filho sem um pai e
uma mãe biológicos unidos entre
si por uma relação estável?
Concorda que a lei admita o
recurso à maternidade de
substituição permitindo a
gestação no útero de uma mulher
de um filho que não é
biologicamente seu?», são as
questões sugeridas.
Os autores do manifesto iniciam
agora a recolha das 75 mil
assinaturas necessárias para a
apreciação e decisão desta
iniciativa.