Bastonário diz que há "excesso de alarme" na
resposta à gripe A
O bastonário da Ordem dos Médicos criticou hoje o
“excesso de alarme e zelo” na resposta à gripe A
H1N1. "Não passa de uma gripe, uma doença banal,
pouco letal", afirmou Pedro Nunes.
O bastonário entende que “o melhor contributo da
Ordem dos Médicos é chamar a atenção dos médicos e,
através deles, das pessoas, de que isto é uma doença
banalíssima e que não é preciso andarmos todos
assustados”.
Pedro Nunes falou à agência Lusa à margem da
inauguração da nova sede do Distrito Médico de Beja
da Ordem dos Médicos. Segundo o bastonário, a gripe
A foi, para já, "uma oportunidade para criar algumas
normas de educação cívica" e até para concretizar no
terreno medidas de contenção "para doenças
eventualmente mais graves".
Pedro Nunes disse ainda que concorda com o plano de
vacinação definido pelo Ministério da Saúde - “está
dentro do que era previsto” porque obedece a
“consensos internacionais”, explica.
“Não vale a pena lançar demasiado ruído sobre esses
consensos. É evidente que há opiniões diversas, mas,
de uma forma geral, tecnicamente são fundamentados”
e Portugal tem de se “integrar na comunidade
internacional”.
Em Portugal, a campanha de vacinação contra o vírus
H1N1 arranca a 26 de Outubro e vai contar, numa
primeira fase, com 49 mil vacinas, a distribuir
pelos “grupos prioritários”.
Grupos prioritários
Entre estes grupos estão os profissionais de saúde
considerados “dificilmente substituíveis” e as
grávidas “no segundo e terceiro trimestre de
gravidez e com patologias graves associadas”.
Outro grupo que irá prioritariamente receber a
vacina é o dos profissionais que desempenhem
“actividades essenciais”, como funcionários de
empresas que fornecem serviços de gás,
electricidade, comunicações, segurança, saneamento e
também os da comunicação social.
Na primeira fase, durante a qual o Ministério da
Saúde estima vacinar um milhão de portugueses até
Janeiro, deverão ainda ser vacinados os titulares de
órgãos de soberania.