Público - 19
Nov 06
Boa forma e casamento ajudam os homens a viver
mais tempo
Estudo acompanhou quase seis mil
americanos
e japoneses ao longo de quatro décadas
Andrew Stern
Homens de meia-idade de todo o
mundo, um estudo descobriu a chave para uma vida
longa: casem-se (se forem solteiros), frequentem o
ginásio, tirem uma pós-graduação.
Estes são apenas alguns dos factores que ajudam a
prever se os homens de meia-idade vão viver
saudavelmente até aos 80 anos ou mais, concluiu um
estudo realizado ao longo de 40 anos com quase seis
mil homens americanos e japoneses residentes no
Havai.
Ao todo, são nove aspectos: não ser obeso, ter
pressão arterial baixa, níveis de açúcar no sangue
reduzidos, pouco colesterol, não beber álcool em
excesso, não fumar, ter o punho forte e firme, ter
um nível de educação alto e ser casado.
Por exemplo, um punho forte é um bom indicador de
força na parte superior do corpo. É mais uma prova
"de que é importante ser fisicamente robusto na
meia-idade; o que bate certo com as teorias sobre o
envelhecimento que sugerem que as pessoas em melhor
forma duram mais tempo", diz o estudo, publicado
esta semana no Journal of the American Medical
Association.
Os homens sobre os quais incidiu a pesquisa tinham
uma média de 54 anos quando o trabalho começou, em
1965. Os que conseguiram cumprir todos os critérios
tinham 80 por cento de possibilidades de viver até
aos 80 anos e também tinham mais hipótese de chegar
à velhice evitando doenças.
Uma percentagem considerável (42 por cento) dos 5820
participantes originais sobreviveu até aos 85 anos;
e 11 por cento chegaram a essa idade sem serem
atingidos por qualquer problema de saúde sério, como
doenças cardiovasculares, cancro ou diabetes.
"Há mais de 60 por cento de hipóteses de se ser
saudável nessa idade quando se evitam os factores de
risco; mas quando se tem seis ou mais desses
factores de risco, a possibilidade de viver para
além dos 80 anos é de apenas 10 por cento", diz o
autor do estudo, Bradley Willcox, do Pacific Health
Research Institute de Honolulu. Reuters