Público - 09 Mar 09

 

Incentivos dados pela Câmara de Mora levaram a um aumento da natalidade da ordem dos 15 por cento
Maria Antónia Zacarias

 

José Manuel Sinogas diz que o desenvolvimento económico contribui também para o aumento da natalidade

 

Desde que o município pôs em prática uma política de apoio à natalidade, há quatro anos, o número de bebés nascidos em Mora, no distrito de Évora, aumentou cerca de 15 por cento. De acordo com o presidente da autarquia, José Manuel Sinogas, entre 2004 e 2008 foram atribuídos subsídios no total de 66 mil euros, correspondentes a 79 nascimentos (55 primeiros filhos, 19 segundos filhos e cinco terceiros filhos).

 

A autarquia lançou em Outubro de 2004 a sua política de incentivo à natalidade, tendo atribuído nos últimos meses desse ano quatro mil euros de subsídio, correspondentes a seis nascimentos. Em 2005, o número de nascimentos subsidiados subiu para 14, equivalendo ao pagamento de 11 mil euros. Contudo, e segundo o autarca, o boom populacional verificou-se em 2006, ano em que os subsídios atingiram os 25 mil euros devido ao nascimento de 24 bebés, 15 meninos e nove meninas.

 

Em 2007, o impacte da medida desceu, tendo a câmara local subsidiado o nascimento de 17 crianças, com um investimento de 10.500 euros. Finalmente, no ano passado, os apoios à natalidade subiram ligeiramente, tendo atingido os 14.500 euros, correspondentes a 18 novos bebés nascidos no concelho.

 

O apoio à natalidade no concelho consiste na atribuição de 500 euros aos casais que tenham o primeiro filho, mil euros às que têm um segundo e 1500 euros para o terceiro.

 

José Manuel Sinogas (CDU) salienta, contudo, que este aumento de nascimentos resulta de uma série de factores, destacando "a fixação das pessoas no concelho, sobretudo pelas condições de desenvolvimento sustentado que a região atravessa, nomeadamente a consolidação da pequena indústria e o incremento do turismo, para além das medidas que a câmara tem disponibilizado em apoio à habitação jovem".

 

O autarca acrescentou ainda que o aumento dos postos de trabalho no comércio e na restauração, "a que a abertura do Fluviário não é alheia", é indicado como outro sinal para a fixação da população e para a imigração de concelhos vizinhos.