Incentivos dados pela Câmara de Mora levaram a um
aumento da natalidade da ordem dos 15 por cento Maria Antónia Zacarias
José Manuel Sinogas diz que o desenvolvimento
económico contribui também para o aumento da
natalidade
Desde que o município pôs em prática uma política de
apoio à natalidade, há quatro anos, o número de
bebés nascidos em Mora, no distrito de Évora,
aumentou cerca de 15 por cento. De acordo com o
presidente da autarquia, José Manuel Sinogas, entre
2004 e 2008 foram atribuídos subsídios no total de
66 mil euros, correspondentes a 79 nascimentos (55
primeiros filhos, 19 segundos filhos e cinco
terceiros filhos).
A autarquia lançou em Outubro de 2004 a sua política
de incentivo à natalidade, tendo atribuído nos
últimos meses desse ano quatro mil euros de
subsídio, correspondentes a seis nascimentos. Em
2005, o número de nascimentos subsidiados subiu para
14, equivalendo ao pagamento de 11 mil euros.
Contudo, e segundo o autarca, o boom populacional
verificou-se em 2006, ano em que os subsídios
atingiram os 25 mil euros devido ao nascimento de 24
bebés, 15 meninos e nove meninas.
Em 2007, o impacte da medida desceu, tendo a câmara
local subsidiado o nascimento de 17 crianças, com um
investimento de 10.500 euros. Finalmente, no ano
passado, os apoios à natalidade subiram
ligeiramente, tendo atingido os 14.500 euros,
correspondentes a 18 novos bebés nascidos no
concelho.
O apoio à natalidade no concelho consiste na
atribuição de 500 euros aos casais que tenham o
primeiro filho, mil euros às que têm um segundo e
1500 euros para o terceiro.
José Manuel Sinogas (CDU) salienta, contudo, que
este aumento de nascimentos resulta de uma série de
factores, destacando "a fixação das pessoas no
concelho, sobretudo pelas condições de
desenvolvimento sustentado que a região atravessa,
nomeadamente a consolidação da pequena indústria e o
incremento do turismo, para além das medidas que a
câmara tem disponibilizado em apoio à habitação
jovem".
O autarca acrescentou ainda que o aumento dos postos
de trabalho no comércio e na restauração, "a que a
abertura do Fluviário não é alheia", é indicado como
outro sinal para a fixação da população e para a
imigração de concelhos vizinhos.