População abranda cada vez mais
Dados do INE mostram que Portugal regista níveis de
crescimento demográficos cada vez menores
A população residente em Portugal está a aumentar,
mas a um ritmo cada vez menor. De acordo com os
dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)
relativos a 2008, a população residente era de 10
627 250 indivíduos, o que representa um aumento de
apenas 9675 face a 2007. Este ligeiro crescimento
assenta num saldo migratório de 9361 e num saldo
natural de 314.
O significativo número de imigrantes, que até aqui
ajudava a equilibrar o baixo índice de fecundidade,
sofreu um revés. Há muito que o saldo migratório não
era tão pequeno como foi em 2008. A taxa de
crescimento migratório abrandou para 0,09% (0,18% em
2007), traduzindo-se num aumento de apenas 9 361
imigrantes.
Acentuar do envelhecimento
A confirmar o abrandamento do ritmo de crescimento
da população, a taxa de natalidade está muito longe
de ser satisfatória. Em 2008, os nascimentos
registaram um ligeiro acréscimo para 9,8% (9,7% em
2007). A taxa de mortalidade manteve-se em 9,8%. Já
a mortalidade infantil baixou para 3,3 óbitos de
crianças com menos de um ano, contra 3,4 óbitos em
2007.
Paralelamente, o país está a perder população jovem
em idade activa. Em 2008, o peso relativo dos
indivíduos dos 15 aos 64 anos diminuiu de 67,2% para
67,1%. Os dados do INE apontam para um acentuar do
envelhecimento da população. No ano passado,
Portugal passou a ter 115 idosos (mais de 65 anos)
por cada 100 jovens (0-14 anos), face aos 114 de
2007.
Algarve resiste à estagnação
A região portuguesa que mais cresceu foi a do
Algarve (0,86%) com a população a atingir os 430 084
indivíduos, devido, sobretudo, à entrada de
imigrantes.
Também as regiões autónomas da Madeira e dos Açores
apresentaram taxas de crescimento positivas de
0,19%. A Região Norte cresceu ligeiramente (0,01%).
O Centro e o Alentejo foram as únicas regiões onde a
população caiu, respectivamente 0,11% e 0,51%.